O livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho, de Maria Saraiva de Menezes, Plátano Editora, Novembro 2007 (1ª edição) / Abril 2008 (2ª edição), é um sinal dos tempos. Sinal da crise da educação: em casa e na escola. Nós, professores, sentimos quando um aluno cresceu num meio familiar em que a crise de autoridade o desestruturou. São crianças que não reconhecem um NÃO, que não acatam uma directriz dum professor, dum polícia, de um auxiliar de educação. A crise da autoridade está a minar a nossa sociedade de forma avassaladora. Citando o blogue do professor Francisco Trindade, no artigo intitulado "Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar"*Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores. Os participantes no encontro "Família e Escola: um espaço de convivência", dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas."As crianças não encontram em casa a figura de autoridade", que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater."As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa", sublinhou. Para Savater, os pais continuam "a não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores. No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os", acusa. "O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar", sublinha. Há professores que são "vítimas nas mãos dos alunos". Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que "ao pagar uma escola" deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão "psicologicamente esgotados" e que se transformam "em autênticas vítimas nas mãos dos alunos".A liberdade, afirma, "exige uma componente de disciplina" que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade."A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, "uma oportunidade e um privilégio"."Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina", frisa Fernando Savater. Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que "têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos". "Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia", afirmou. Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que "mais vale dar uma palmada, no momento certo" do que permitir as situações que depois se criam. Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres. *difundido pela LUSA.
O livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho segue esta linha orientadora do filósofo da Ética para um Jovem, Editorial Presença, reforçada pelo Prof. Daniel Sampaio no seu último livro Lavrar o Mar, Caminho. O que mais me chamou a atenção no livro do Professor Daniel Sampaio foi o facto de o meu livro se identificar com as suas ideias basilares para a educação de um jovem: a importância das regras e a contenção nas gratificações. Com efeito, hoje em dia assistimos ao excesso de gratificações aos jovens: e não são os antigos prémios pela passagem de ano, são presentes por cada período e por cada teste com nota razoável. Ou seja, um ipod pela nota de Matemática, uma playstation pela nota de Ciências, o novo modelo de telemóvel pelo trabalho de Área Projecto (que até foi descarregado da net...) A explicação para esta atitude (perigosa) levada a cabo por certos pais reside no facto da sua ausência na vida dos filhos. Demasiado ocupados a trabalhar para que não falte nada aos rebentos, eis que acaba por lhes faltar o essencial: os próprios pais, a relação pai-filho, uma conversa, um jogo de xadrez, um desabafo, um carinho. Se virmos bem, os jovens estão a desaprender as relações afectivas, substituíndo-as pela compensação material. Sem um cenário familiar para desenvolverem essas relações, tornam-se uma espécie de autistas agarrrados aos fones dos seus gadgets. Essas engenhocas são afinal, o objecto afectivo, o urso de peluche no qual se reflectem os pais ausentes. Por isso é que afirmo no meu livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho, que "o consumismo enfraquece as relações entre pais e filhos; é importante ver se, por trás de tudo o que pode comprar, ainda sobra algo de si próprio para dar."
Efectivamente, o excesso de gratificações acaba por matar o desejo, conduzindo a depressões já na adolescência. É certo que receber tudo de bandeja mata o espírito de luta, de conquista; acaba com o sonho, com o desejo. Para vencer na vida, é necessário sonhar, desejar, conquistar, LUTAR.
Suprimir a vontade de conquistar é formar pequenos tiranos: exigentes, caprichosos, temperamentais e infelizes. Ser pai é, acima de tudo ser um educador; não um ADULADOR. Adoçar a boca sabe bem a ambas as partes, alimenta o ego de pais ausentes soterrados pela culpa. Educar custa, pois contraria a vontade de compensar as carências de parte a parte. Mas é necessário ser sensato e seguir um modelo de educação assente em valores sólidos. Sugiro-vos, pois, o meu pequeno livro, do qual vos deixo um excerto e o índice.
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Preço de venda ao público: 6,45.O livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho segue esta linha orientadora do filósofo da Ética para um Jovem, Editorial Presença, reforçada pelo Prof. Daniel Sampaio no seu último livro Lavrar o Mar, Caminho. O que mais me chamou a atenção no livro do Professor Daniel Sampaio foi o facto de o meu livro se identificar com as suas ideias basilares para a educação de um jovem: a importância das regras e a contenção nas gratificações. Com efeito, hoje em dia assistimos ao excesso de gratificações aos jovens: e não são os antigos prémios pela passagem de ano, são presentes por cada período e por cada teste com nota razoável. Ou seja, um ipod pela nota de Matemática, uma playstation pela nota de Ciências, o novo modelo de telemóvel pelo trabalho de Área Projecto (que até foi descarregado da net...) A explicação para esta atitude (perigosa) levada a cabo por certos pais reside no facto da sua ausência na vida dos filhos. Demasiado ocupados a trabalhar para que não falte nada aos rebentos, eis que acaba por lhes faltar o essencial: os próprios pais, a relação pai-filho, uma conversa, um jogo de xadrez, um desabafo, um carinho. Se virmos bem, os jovens estão a desaprender as relações afectivas, substituíndo-as pela compensação material. Sem um cenário familiar para desenvolverem essas relações, tornam-se uma espécie de autistas agarrrados aos fones dos seus gadgets. Essas engenhocas são afinal, o objecto afectivo, o urso de peluche no qual se reflectem os pais ausentes. Por isso é que afirmo no meu livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho, que "o consumismo enfraquece as relações entre pais e filhos; é importante ver se, por trás de tudo o que pode comprar, ainda sobra algo de si próprio para dar."
Efectivamente, o excesso de gratificações acaba por matar o desejo, conduzindo a depressões já na adolescência. É certo que receber tudo de bandeja mata o espírito de luta, de conquista; acaba com o sonho, com o desejo. Para vencer na vida, é necessário sonhar, desejar, conquistar, LUTAR.
Suprimir a vontade de conquistar é formar pequenos tiranos: exigentes, caprichosos, temperamentais e infelizes. Ser pai é, acima de tudo ser um educador; não um ADULADOR. Adoçar a boca sabe bem a ambas as partes, alimenta o ego de pais ausentes soterrados pela culpa. Educar custa, pois contraria a vontade de compensar as carências de parte a parte. Mas é necessário ser sensato e seguir um modelo de educação assente em valores sólidos. Sugiro-vos, pois, o meu pequeno livro, do qual vos deixo um excerto e o índice.
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ÍNDICE do livro 30 Conselhos para Educar o seu Filho:
DAR MUITO MIMO
SER FIRME
ESTABELECER HORÁRIOS
A IMPORTÂNCIA DA REGRAS
NÓS E A TELEVISÃO
GULOSEIMAS
CASTIGOS
REMORSOS
BIRRAS
CIÚMES DO BEBÉ
RESPEITAR A DIGNIDADE
SABER DIALOGAR
PERDOAR
TAREFAS DOMÉSTICAS
AUTONOMIA
ATRAVESSAR A RUA
ACIDENTES DOMÉSTICOS
O TESOURO DO EU
PROMOVER A AUTO-ESTIMA
COMO APROVEITAR AS FÉRIAS
PASSEIOS EM FAMÍLIA
A REFEIÇÃO
DATAS ESPECIAIS
ALIMENTAÇÃO
DESPORTO E INSTRUMENTOS MUSICAIS
O CONSUMISMO
SEMANANA OU MESADA
MOTIVAR PARA A LEITURA
EDUCAÇÃO SEXUAL
DEIXÁ-LOS CRESCER
"No complemento directo do mimo está a firmeza de princípios. O mimo não os estraga quando os pais são coerentes, firmes e justos. Se houver firmeza nas regras, as crianças conhecem os limites da sua actuação. Segundo especialistas, as regras fazem as crianças felizes, pois elas assim sabem até onde podem ir, sabem que serão castigadas se desobedecerem, mas serão recompensadas se cumprirem. Essa recompensa deve ser um reconhecimento das suas capacidades, feito através do elogio público (familiar) e da referência das qualidades da criança. Ser firme não é, portanto, esmagar a personalidade da criança com regras ditatoriais, mas ajudar a construir o seu sentido de responsabilidade e a sua auto-estima para que se torne numa pessoa autónoma e feliz."
Maria Saraiva de Menezes
Poderá adquirir o livro através de:Palestras da autora sobre o livro:
Colégio de S. Mamede, Batalha, 9 Abril 2015, 18h30.
Paróquia de S. Domingos de Benfica, Lisboa, 9 Maio 2011, 19h30.
Comentários
Bem haja à autora por nos proporcionar momentos de prazer e divertimento,por nos abrir as portas da sua casa e partilhar connosco a alegria e a "dor" de sermos pais.
Recomendo sem reservas.
Sílvia Dória
Já li o 30 conselhos e até tomei a liberdade de deixar um pequeno comentário no teu blogue, que espero seja do teu agrado.
Claro que há muito mais a dizer mas não quis deixar um testamento!! Fizeste-me ficar acordada a ler até de madrugada!!! É no entanto para reler muitas vezes. Revi-me no teu livro como mãe... o que é muito bom. Creio que um dia o meu filho me irá agradecer, entre outras leituras, por ter lido o teu livro. E ele que adora livros!!! Nunca adormece sem ler uma história.
Um abraço forte,
Sílvia
Antes de mais quero dar-lhe os parabéns pelo livro. Gostei bastante. É simples e muito prático.
O motivo deste email é pelo seguinte: infelizmente na infância não tive regras, afecto, carinho. Agora que tenho dois filhos, um com 12 anos e outro com 6 anos, estou a ficar um pouco aflita e sinto-me frustrada porque não consigo colocar a "casa" em ordem. Se me pudesse ajudar, até podia ir ter consigo e conversar um pouco, se tal fosse preciso. Envio-lhe em anexo o meu dia-a-dia.
Agradecia que me pudesse responder.
Um abraço, sandra f.
Um grande abraço e espero novidades
Gostaria primeiro que tudo de lhe dar os parabéns pelo seu livro "30 conselhos" porque simplesmente adorei!
Já tentei procurar em várias livrarias outros livros seus que gostaria de adquir e não os encontro.
O pequeno livro da mãe galinha" e "O pequeno livro da etiqueta e bom senso"......
Poderá ajudar-me?
Muito Obrigada
Mafalda Borges Coito
Muito obrigada pelo seu comentário ao meu livro. Fico satisfeita por ter correspondido ao que procurava.
Quanto aos outros livros - de que lhe deixo lista em baixo - poderá adquiri qualquer um através da internet na livraria portuguesa www.wook.pt , por exemplo, ou pode dirigir-se a qualquer livraria e encomendar que eles mandam vir entre 2 a 3 dias.Pode tb optar por pedir por telefone ou pela net a cada uma das editoras e estas enviarem à cobrança.
Um abraço e até sempre,
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Maria Saraiva de Menezes
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